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Dia Internacional dos Museus


O Dia Internacional dos Museus, efeméride de grande tradição para o mundo dos museus desde o dia 18 de Maio de 1977, por proposta do ICOM – Conselho Internacional de Museus, será celebrado em 2010 sob o tema “Museus e Harmonia Social” com actividades dedicadas ao tema “Museus e Harmonia Social”.

MUSEUS NATURAIS
Engana-se quem pensa que um museu precisa ser obrigatoriamente um lugar com porta de entrada e objetos ou quadros expostos sob determinada luz e ambiente. Após a criação pela UNESCO, em 1972, da Convenção do Patrimônio Mundial, isto perde um pouco o sentido ou, pelo menos, um sentido que deveria ser revisto.
Com a Convenção, pretende-se incentivar a preservação de bens culturais e naturais, avaliados como marcos estéticos da humanidade. Valorizam-se cidades ou locais que, além de serem referência histórica e de identidade das nações nas quais se situam, podem ser concebidos como um patrimônio mundial.
A preservação desses lugares fica a cargo do seu país de origem, que recebe o apoio da UNESCO nas atividades de proteção, pesquisa e divulgação.
No Brasil, são dezessete os locais considerados como patrimônio de todos os povos: Ouro Preto (Minas Gerais); Olinda (Pernambuco); São Miguel das Missões (Rio Grande do Sul); Salvador (Bahia); Congonhas do Campo (Minas Gerais); Parque Nacional de Iguaçu (Paraná); Brasília (Distrito Federal); Parque Nacional Serra da Capivara (Piauí); Centro Histórico de São Luís (Maranhão), Diamantina (Minas Gerais), Pantanal Matogrossense (Mato Grosso do Sul), Parque Nacional do Jaú (Amazonas), Costa do descobrimento (sul da Bahia e norte do Espírito Santo), Mata Atlântica do Sudeste (da Serra da Juréia, em São Paulo, até a Ilha do Mel, no Paraná), Parque Nacional das Emas e Parque Nacional Chapada dos Veadeiros (Goiás), Centro de Goiás (Goiás) e Reservas de Fernando de Noronha e Atol das Rocas (Pernambuco e Rio Grande do Norte).

ÚNICOS
Os museus são uma contribuição única no mundo. Através dos anos, preservam os objetos que foram utilizados, inventados ou descobertos pelo homem ao longo de sua existência histórica.
No caso das cidades ou locais preservados como patrimônio histórico e cultural, a própria arquitetura utilizada nas construções de moradias adquire, com o peso do tempo, uma dimensão de arte a ser preservada. E também cultuada.
Pensem ainda nos seres que jamais poderíamos cogitar, não fosse o trabalho de exposição, em museus de história natural, dos esqueletos de animais pré-históricos. Sem dúvida uma fascinante viagem no tempo é o que os museus, em geral, costumam nos proporcionar. Isto porque tudo o que pode ser visto nos museus representa, na verdade, as riquezas naturais e culturais do mundo.

O PROFISSIONAL DE UM MUSEU
As pessoas que trabalham em museu são, acima de tudo, profissionais que buscam alta qualidade. Todo museu, seja especializado em arte, história ou tecnologia, tem como objetivo principal a primazia cultural.
Nessa área, a performance profissional qualificada é fundamental: atenção a detalhes; capacidade de análise, concentração, observação e organização; criatividade, curiosidade, gosto pela pesquisa e pelos estudos; habilidade manual, interesse em adquirir conhecimentos em outros setores, sensibilidade artística, senso crítico e estético são essenciais para se exercer um bom trabalho. Não esquecendo que o principal compromisso de um museu é servir ao público e que um bom profissional não deverá jamais perder esse compromisso de vista.

Saiba mais:
Fonte: Portal São Francisco

A palavra “MUSEU” , de origem grega, significa “templo das musas”., e já era usado em Alexandria para designar o local destinado ao estudo das artes e das ciências. Hoje, o International Concil of Museums a instituição que conserva coleções de objetos de arte ou ciências, para fins de preservação ou apresentação pública.
Os museus modernos foram criados no século XVII a partir de doações de coleções particulares como a de Grimani a Veneza. Mas, o primeiro museu como conhecemos hoje surgiu a partir da doação da coleção de John Tradescant, feita por Elias Ashmole, à Universidade de Oxford, conhecido como Ashmolean Museum. O segundo museu público foi criado em 1759, por obra do parlamento inglês, na aquisição da coleção de Hans Sloane (1660-1753), que deu origem ao Museu Britânico.
O primeiro museu público só foi criado, na França, pelo Governo Revolucionário, em 1793: o Museu do Louvre, com coleções acessíveis a todos, com finalidade recreativa e cultural.
O Séc. XIX surgem muitos dos mais importantes museus em todo o mundo, a partir de coleções particulares que se tornam públicas: Museu do Prado (Espanha), Museu Mauritshuis (Holanda).
Somente em 1870, nos Estados Unidos, é fundado o Museu Metropolitano de Arte, em Nova York.
No Brasil, o primeiro museu data de 1862, o Museu do Instituto Arqueológico Histórico e Geográfico Pernambucano (Pernambuco). Os outros museus brasileiros foram todos fundados durante o século XX, sendo o mais importante, pela qualidade do acervo, o MASP - Museu de Arte de São Paulo, fundado em 1947.

Durante o período colonial podemos citar a experiência da Casa dos Pássaros. A instituição procedia a taxidermia de aves para instituições no reino. Com a transferência da corte portuguesa para o Brasil (1808-1821), estabeleceu-se uma nova dinâmica no surgimento de instituições culturais:
• Em 1816 foi criada a Escola Real de Ciências, Artes e Ofícios, embrião do atual Museu Nacional de Belas-Artes;
• Em 1818 foi criado o Museu Real, embrião do atual Museu Nacional da Quinta da Boa Vista.
Após a Independência, novas instituições foram fundadas:
• 1838, o museu do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro;
• 1864, o Museu do Exército;
• 1868, o Museu da Marinha; e
• 1866, o Museu Paraense Emílio Goeldi.
Finalmente, no período Republicano, destacam-se a criação:
• em 1906, do Museu Municipal de Iguape
• em 1922, do Museu Histórico Nacional
• em 1932, do curso de Museus
• em 1934, da Inspetoria de Monumentos Nacionais[50]
• em 1937, do Museu Nacional de Belas Artes
• em 1938, do Museu da Inconfidência
• em 1940, do Museu Imperial
• em 1941, do Museu de Arte Brasileira; acoplado às dependências da FAAP
• em 1947, do Museu de Arte de São Paulo
• em 1948, do Museu de Arte Moderna de São Paulo
• em 1954, do Museu de Arte do Rio Grande do Sul
Mais recentemente, na década de 1960, destacaram-se a criação dos museus Villa-Lobos e da República (1960), além de inúmeros museus militares e municipais, e do Museu Lasar Segall (1967). Em 2002 foi inaugurado o Museu Oscar Niemeyer na cidade de Curitiba. Em março de 2006 inaugurou-se o Museu da Língua Portuguesa em São Paulo, um museu interativo sobre a língua portuguesa localizado na cidade com o maior número de falantes do idioma no mundo.
Saiba mais 2:
Curiosidades Sobre Museus
O Museu Nacional da Quinta da Boa Vista, é a instituição museológica mais antiga do Brasil ainda aberta ao público e também a que concentra o maior número de bens culturais no acervo. Este, é composto por 20 milhões de itens e nele encontra-se o crânio humano mais antigo descoberto nas Américas. Ele data de, aproximadamente, 11 mil ou 11.500 anos atrás, e é popularmente conhecido como Luzia. Também faz parte do acervo a interessante múmia egípcia de Sha Amun en su – a “Cantora de Amon”, que data de 750 a.C.

Ciclo da Borracha – Você sabia que o Museu Parque Seringal em Ananindeua (PA) é o primeiro museu do Pará dedicado ao Ciclo da Borracha, importante ciclo econômico que marcou a história do Estado?
O Parque Seringal é o primeiro museu do município de Ananindeua, Região Metropolitana de Belém. A unidade classificada como de relevante interesse ecológico, é voltada para o lazer, preservação e educação ambiental, contando com reservas de centenas de exemplares de seringueiras, cultivadas no período do Ciclo da Borracha, além de anfiteatro, academia de ginástica ao ar livre, lanchonete, playground e outros espaços com visitação gratuita.

Localizado no Centro do Rio de Janeiro, em frente à Baia de Guanabara, o Museu Histórico Nacional (MHN) ocupa o complexo arquitetônico que, a partir do século XVI, com o Forte de Santiago, na Ponta do Calabouço, acompanhou a trajetória urbana dessa cidade. Entre as várias curiosidades do seu acervo, há, um vestido que pertenceu à Maria Bonita, a companheira de Lampião.

Museu a céu aberto
Na década de 1980, é inaugurado o Museu ao Ar Livre de Orleans/SC, o primeiro museu a céu aberto da América Latina. “Mais do que respeito à natureza, esses espaços deveriam ter grande participação social, atuando extramuros, integrados à realidade local na busca constante da autogestão. Seriam locais de intensa interdisciplinaridade, funcionando em rede, de forma descentralizada, porém proveitosa.” (Trecho do texto Belém do Pará – Museu a céu aberto, de Paulo Leonel Gomes Vergolino, disponível no site Revista Museu).

Tetravô do automóvel
Os móveis de arruar, que hoje fazem parte do acervo de alguns museus brasileiros, eram meios de locomoção no Rio de Janeiro do século XVII e XVIII. Alguns desses transportes eram cadeiras adaptadas para levar uma pessoa de um lugar a outro, pelas ruas do Brasil colônia. Mas somente os ricos tinham condições para se locomover nesse tipo de transporte, e quem fazia o transporte eram os escravos.

Museu Casa de Benjamin Constant – Rio de Janeiro/RJ
O museu está localizado em Santa Teresa, no Rio de Janeiro, na casa que, no século XIX, pertenceu a Benjamin Constant e sua família,considerado o fundador da República. O acervo do museu é constituído por pinturas, fotografias, esculturas, mobiliário, indumentária, medalhas, objetos pessoais, livros e documentos, além de mechas de cabelo, de várias cores, da família de Benjamin Constant. O Museu fica na rua Monte Alegre, 255 – Santa Teresa – Rio de Janeiro, RJ.

Primeiro museu de Minas Gerais
Em 1876, foi fundado o Museu de Mineralogia, hoje chamado de Museu de Ciência e Técnica da Escola de Minas/Universidade Federal de Ouro Preto, localizada em Ouro Preto. O Museu fica na Praça Tiradentes – Ouro Preto, MG.

As aves que aqui gorjeiam
Em 1784, foi aberta a Casa dos Pássaros, no Rio de Janeiro, cujo nome deve-se à grande quantidade de aves empalhadas que lá havia. A Casa dos Pássaros preparava exemplares da flora e da fauna brasileiras e artefatos indígenas para serem enviados para Portugal, permanecendo em funcionamento até o início do século XIX.

Disciplina relacionada-
História

Apesar da origem clássica da palavra museu - do grego mouseion - a origem dos museus como locais de preservação de objetos com finalidade cultural é muito mais antiga. Desde tempos remotos o homem se dedica a colecionar objetos, pelos mais diferentes motivos. No Paleolítico os homens primitivos já reuniam vários tipos de artefatos, como o provam achados em tumbas. Porém, um sentido mais próximo do conceito moderno de museu é encontrado somente no segundo milênio a.C., quando na Mesopotâmia se passou a copiar inscrições mais antigas para a educação dos jovens. Mais adiante, em Ur, os reis Nabucodonosor e Nabonido se dedicaram à coleção de antiguidades, e outra coleção era mantida pelos sacerdotes anexa à escola do templo, e onde cada obra era identificada com uma cartela, semelhante ao sistema expositivo atual.
Na Grécia Antiga o museu era um templo das musas, divindades que presidiam a poesia, a música, a oratória, a história, a tragédia, a comédia, a dança e a astronomia. Esses templos, bem como os de outras divindades, recebiam muitas oferendas em objetos preciosos ou exóticos, que podiam ser exibidos ao público mediante o pagamento de uma pequena taxa. Em Atenas se tornou afamada a coleção de pinturas que era exposta nas escadarias da Acrópole no século V a.C. Os romanos expunham coleções públicas nos fóruns, jardins públicos, templos, teatros e termas, muitas vezes reunidas como botins de guerra. No oriente, onde o culto à personalidade de reis e heróis era forte, objetos históricos foram coletados com a função de preservação da memória e dos feitos gloriosos desses personagens. Dos museus da Antiguidade, o mais famoso foi o criado em Alexandria por Ptolomeu Sóter em torno do século III a.C., que continha estátuas de filósofos, objetos astronômicos e cirúrgicos e um parque zoobotânico, embora a instituição fosse primariamente uma academia de filosofia, e mais tarde incorporasse uma enorme coleção de obras escritas, formando-se a célebre Biblioteca de Alexandria.
Ao longo da Idade Média a noção de museu quase desapareceu, mas o colecionismo continuou vivo. Por um lado os acervos de preciosidades eram considerados patrimônio de reserva a ser convertido em divisas em caso de necessidade, para financiamento de guerras ou outras atividades estatais; outras coleções se formaram com objetos ligados ao culto cristão, acumulando-se em catedrais e mosteiros quantidades de relíquias de santos, manuscritos iluminados e aparatos litúrgicos em metais e pedras preciosas. No Renascimento, com a recuperação dos ideais clássicos e a consolidação da humanismo, ressurgiu o colecionismo privado através de grandes banqueiros e comerciantes, integrantes da burguesia em ascensão, alguns dos quais se tornaram célebres pela riqueza de seus acervos particulares, como os Medici em Florença. Reis e nobres de toda a Europa não ficaram atrás, contribuindo para dar uma nova vida ao colecionismo.
Entre os séculos XVI e XVII, com a expansão do conhecimento do mundo propiciado pelas grandes navegações, se formaram na Europa inúmeros gabinetes de curiosidades, coleções altamente heterogêneas e assistemáticas de peças das mais variadas naturezas e procedências, incluindo fósseis, esqueletos, animais empalhados, minerais, curiosidades, aberrações da natureza, miniaturas, objetos exóticos de países distantes, obras de arte, máquinas e inventos, e toda a sorte de objetos raros e maravilhosos. Tais gabinetes tiveram um papel importante na evolução da história e da filosofia natural especialmente ao longo do século XVII. Na mesma época proliferaram as galerias palacianas, dedicadas à exposição de esculturas e pinturas. Mas tanto os gabinetes como as galerias ainda estavam essencialmente dentro dos círculos privados, inacessíveis à população em geral. Movidas por interesses científicos foram fundadas inúmeras sociedades e instituições, como os jardins botânicos de Pisa (1543) e o de Pádua (1545), a Real Sociedade de Londres (1660) e a Academia de Ciências de Paris (1666), que reuniam suas próprias coleções. No Brasil a primeira coleção de que se tem notícia foi formada pelo colonizador neerlandês conde Maurício de Nassau, cuja corte se notabilizou pelo brilho científico e cultural, instalando-a em torno de 1640 no Palácio de Friburgo, em Recife, semelhante em caráter aos gabinetes de curiosidades

O museu moderno
Nessa tendência, apareceu em Basileia em 1671 o primeiro museu universitário, e na Inglaterra, em 1683, aquele que é considerado o primeiro museu moderno com objetivo declarado de educar o público, o Museu Ashmolean, criado pela Universidade de Oxford. Seu acervo era eclético e se assemelhava aos antigos gabinetes de curiosidades, procedente de várias partes do mundo, reunido pela família Tradescant e previamente exibida em sua casa de Londres. Pouco mais adiante, o espírito enciclopédico dos iluministas fortaleceu a associação do conhecimento com a razão, a ordem e a moral, favorecendo a formação de acervos sistemáticos e a atuação de instituições culturais com objetivos educativos e públicos. Outros importantes museus fundados no século XVIII foram o Museu Britânico, aberto em Londres em 1759, e o Museu do Louvre, em Paris, em 1793, ambos iniciativas do governo de seus países. O exemplo europeu, por força do colonialismo, frutificou também em outros países do Oriente e na América. Em Jacarta a Sociedade de Artes e Ciência de Batavia iniciou uma coleção em 1778, que evoluiu para se tornar o Museu Central da Cultura Indonésia. Na Índia ocorreu o mesmo, sendo o primeiro museu, o Museu Indiano, fundado em 1784 a partir das coleções reunidas pela Sociedade Asiática de Bengal. Ambos enfocavam as artes e ciências e se dedicavam ao fomento do conhecimento. Nos Estados Unidos a Charleston Library Society da Carolina do Sul em 1773 anunciou sua intenção de formar uma coleção de produtos naturais para alavancar a agricultura e a medicina da província.
No século XIX o museu continuou sua transformação, expandindo seus horizontes para incluir novas categorias e temas, e progressivamente abandonando o simples colecionismo para enfatizar a exibição e catalogação rigorosamente sistemáticas, tendência iniciada na Alemanha e Suíça, onde se introduziram experimentos de exibição sistematizada abrangendo vastos períodos históricos, possibilitando ao público percorrer roteiros que ofereciam panoramas de toda a história e cultura da humanidade, ao mesmo tempo em que reservavam seções para apresentação das mais recentes conquistas da ciência e tecnologia. As grandes feiras e exposições universais que se realizaram a partir da década de 1850, como as de Londres, Paris e Filadélfia, faziam parte deste fascínio com o progresso e com o conhecimento enciclopédico, e serviram além disso para modernizar as práticas de exposição dos próprios museus formais. O museu também desempenhou um papel na onda nacionalista romântica, contribuindo para a conscientização popular e a construção de identidades nacionais, acervando objetos ligados ao patrimônio cultural das nações, podendo-se citar como exemplo o Museu Nacional de Budapeste (1802), construído com dinheiro de impostos voluntários e mais tarde identificado com a luta para a independência local. Pelos mesmos motivos aparece uma profusão de museus regionais e locais, voltados para os interesses de pequenas áreas geográficas. Com a perene expansão das coleções logo tornou necessária a fundação de museus especializados em determinadas áreas do conhecimento, como o Museu da Ciência de Londres e o Museu Tecnológico em Viena. Multiplicam-se neste século também os museus ao ar livre, depois do exemplo pioneiro do Museu Nórdico em Estocolmo, que preservou edificações típicas e históricas, e incluindo neste grupo os museus in situ em sítios arqueológicos.

Contemporaneidade
As práticas colecionistas antigas eram caracterizadas acima de tudo por uma postura passiva diante da sociedade, seguindo critérios aquisitivos e administrativos vagos e em muito arbitrários, e vigoraram até meados do século XX. Nesta altura os museus entraram em uma séria crise conceitual e, como disseram Chagas & Chagas, passou-se a criticar "o caráter aristocrático, autoritário, acrítico, conservador e inibidor dessas instituições, consideradas como espécie em extinção e, por isso mesmo, apelidadas de 'dinossauros' e de 'elefantes brancos' ". A partir de então se procurou um aprofundamento científico da definição e das potencialidades de atuação ativa, interdisciplinar e educativa dos museus. Depois de algum retrocesso, a reformulação conceitual ganhou novo impulso a partir dos anos 70-80, sendo lícito considerar esta reorientação como uma verdadeira revolução na concepção do museu público e como a fundação da museologia moderna.
A definição do que é um museu, de fato, e em especial o que deve ser um museu do século XXI, é complexa e permanece envolta em grande controvérsia. Como ponto de partida, cite-se a dada pelo International Council of Museums (ICOM), respeitadíssimo órgão internacional, na sua 20.ª Assembleia Geral, em 6 de julho de 2001: o museu é uma "instituição permanente, sem fins lucrativos, a serviço da sociedade e do seu desenvolvimento, aberta ao público e que adquire, conserva, investiga, difunde e expõe os testemunhos materiais do homem e de seu entorno, para educação e deleite da sociedade". Podemos encontrar também definições poéticas, como a oferecida pelo Instituto Brasileiro de Museus, instância museológica máxima no Brasil: "Os museus são casas que guardam e apresentam sonhos, sentimentos, pensamentos e intuições que ganham corpo através de imagens, cores, sons e formas. Os museus são pontes, portas e janelas que ligam e desligam mundos, tempos, culturas e pessoas diferentes. Os museus são conceitos e práticas em metamorfose." De acordo com a Política Nacional de Museus, os museus, mais do que instituições estáticas, são "processos a serviço da sociedade", e são instâncias fundamentais para o aprimoramento da democracia, da inclusão social, da construção da identidade e do conhecimento, e da percepção crítica da realidade. Já o IPHAN, instância superior do patrimônio histórico e artístico brasileiro, dá a seguinte definição:
"O museu é uma instituição com personalidade jurídica própria ou vinculada a outra instituição com personalidade jurídica, aberta ao público, a serviço da sociedade e de seu desenvolvimento e que apresenta as seguintes características:
"I - o trabalho permanente com o patrimônio cultural, em suas diversas manifestações;
"II - a presença de acervos e exposições colocados a serviço da sociedade com o objetivo de propiciar a ampliação do campo de possibilidades de construção identitária, a percepção crítica da realidade, a produção de conhecimentos e oportunidades de lazer;
"III - a utilização do patrimônio cultural como recurso educacional, turístico e de inclusão social;
"IV - a vocação para a comunicação, a exposição, a documentação, a investigação, a interpretação e a preservação de bens culturais em suas diversas manifestações;
"V - a democratização do acesso, uso e produção de bens culturais para a promoção da dignidade da pessoa humana;
"VI - a constituição de espaços democráticos e diversificados de relação e mediação cultural, sejam eles físicos ou virtuais.
"Sendo assim, são considerados museus, independentemente de sua denominação, as instituições ou processos museológicos que apresentem as características acima indicadas e cumpram as funções museológicas.
Pela voz de pensadores independentes o museu assume hoje dimensões extremamente variadas e abrangentes. Walter Benjamin acreditava que os museus são "espaços que suscitam sonhos"; André Malraux, pensava que os museus são locais que "proporcionam a mais elevada ideia do homem"; Duncan Cameron disse que os museus ocupam os dois extremos de um espectro que vai de "templo" a "fórum", e vários outros teóricos vêm expandindo e enfatizando as múltiplas capacidades e possibilidades dos museus para um enriquecimento geral no conhecimento, na qualidade de vida, na formação da consciência política e social da população, entre uma infinidade de outros benefícios. Já existe inclusive uma corrente que afirma que o mundo é todo ele um vasto museu, explodindo as definições que confinam o museu a uma instituição localizada no tempo-espaço e passando a ver toda a vida e civilização humanas como passíveis de musealização. Outros chegam a duvidar que o museu tenha um lugar em nosso futuro; entretanto, surgem dezenas de novos museus todos os meses ao redor do mundo, predominando os de arte contemporânea, antropologia e ciências. Com o advento da internet e dos processos computadorizados, o museu pôde inclusive se catapultar para o ciberespaço e a realidade virtual. Não bastasse, já se discute até o conceito de um "Museu do Futuro".
Se a constante produção de conhecimento especializado pelas academias exige dos museus contemporâneos uma perpétua renovação e aperfeiçoamento, essa pressão pela qualificação e profissionalização com um rigor científico, cobiçando avidamente uma visitação cada vez maior, mais o desejo de "musealizar tudo", já são sentidos como tendências que podem inviabilizar economicamente os museus dentro em breve, e até desvirtuar suas funções essenciais, tornando-os poços-sem-fundo para os recursos públicos, ou podendo fazê-los cair na tentação da espetacularização e banalização de seus eventos a fim de atrair maior plateia e obterem mais rendas, sem que isso, conforme apontam as pesquisas, reverta em real proveito cultural para este público, nem contribua para formar visitantes mais assíduos.

Vídeo do youtube: Museu Paulista da USP (Museu do Ipiranga)
http://youtu.be/d3dBWl5pKRI

Conhecendo Museus é uma ação projetada pela FJPN (Fundação José de Paiva Neto) com o objetivo de lançar a reflexão sobre a concepção de Museu como um lugar provocativo, estimulando as novas gerações a discutir as questões contemporâneas e a preservação da memória não só para estudantes ou público em geral, mas também para professores que necessitam de ferramentas que prendam a atenção dos alunos e lhes instiguem a curiosidade, para saber mais sobre assuntos ligados à História, à Filosofia, à Geografia, às Artes, Identidade, Sociedade entre outros.

O Dia Internacional dos Museus, efeméride de grande tradição para o mundo dos museus desde o dia 18 de Maio de 1977, por proposta do ICOM – Conselho Internacional de Museus, será celebrado em 2010 sob o tema “Museus e Harmonia Social” com actividades dedicadas ao tema “Museus e Harmonia Social”.

MUSEUS NATURAIS
Engana-se quem pensa que um museu precisa ser obrigatoriamente um lugar com porta de entrada e objetos ou quadros expostos sob determinada luz e ambiente. Após a criação pela UNESCO, em 1972, da Convenção do Patrimônio Mundial, isto perde um pouco o sentido ou, pelo menos, um sentido que deveria ser revisto.
Com a Convenção, pretende-se incentivar a preservação de bens culturais e naturais, avaliados como marcos estéticos da humanidade. Valorizam-se cidades ou locais que, além de serem referência histórica e de identidade das nações nas quais se situam, podem ser concebidos como um patrimônio mundial.
A preservação desses lugares fica a cargo do seu país de origem, que recebe o apoio da UNESCO nas atividades de proteção, pesquisa e divulgação.
No Brasil, são dezessete os locais considerados como patrimônio de todos os povos: Ouro Preto (Minas Gerais); Olinda (Pernambuco); São Miguel das Missões (Rio Grande do Sul); Salvador (Bahia); Congonhas do Campo (Minas Gerais); Parque Nacional de Iguaçu (Paraná); Brasília (Distrito Federal); Parque Nacional Serra da Capivara (Piauí); Centro Histórico de São Luís (Maranhão), Diamantina (Minas Gerais), Pantanal Matogrossense (Mato Grosso do Sul), Parque Nacional do Jaú (Amazonas), Costa do descobrimento (sul da Bahia e norte do Espírito Santo), Mata Atlântica do Sudeste (da Serra da Juréia, em São Paulo, até a Ilha do Mel, no Paraná), Parque Nacional das Emas e Parque Nacional Chapada dos Veadeiros (Goiás), Centro de Goiás (Goiás) e Reservas de Fernando de Noronha e Atol das Rocas (Pernambuco e Rio Grande do Norte).

ÚNICOS
Os museus são uma contribuição única no mundo. Através dos anos, preservam os objetos que foram utilizados, inventados ou descobertos pelo homem ao longo de sua existência histórica.
No caso das cidades ou locais preservados como patrimônio histórico e cultural, a própria arquitetura utilizada nas construções de moradias adquire, com o peso do tempo, uma dimensão de arte a ser preservada. E também cultuada.
Pensem ainda nos seres que jamais poderíamos cogitar, não fosse o trabalho de exposição, em museus de história natural, dos esqueletos de animais pré-históricos. Sem dúvida uma fascinante viagem no tempo é o que os museus, em geral, costumam nos proporcionar. Isto porque tudo o que pode ser visto nos museus representa, na verdade, as riquezas naturais e culturais do mundo.

O PROFISSIONAL DE UM MUSEU
As pessoas que trabalham em museu são, acima de tudo, profissionais que buscam alta qualidade. Todo museu, seja especializado em arte, história ou tecnologia, tem como objetivo principal a primazia cultural.
Nessa área, a performance profissional qualificada é fundamental: atenção a detalhes; capacidade de análise, concentração, observação e organização; criatividade, curiosidade, gosto pela pesquisa e pelos estudos; habilidade manual, interesse em adquirir conhecimentos em outros setores, sensibilidade artística, senso crítico e estético são essenciais para se exercer um bom trabalho. Não esquecendo que o principal compromisso de um museu é servir ao público e que um bom profissional não deverá jamais perder esse compromisso de vista.

Saiba mais:
Fonte: Portal São Francisco

A palavra “MUSEU” , de origem grega, significa “templo das musas”., e já era usado em Alexandria para designar o local destinado ao estudo das artes e das ciências. Hoje, o International Concil of Museums a instituição que conserva coleções de objetos de arte ou ciências, para fins de preservação ou apresentação pública.
Os museus modernos foram criados no século XVII a partir de doações de coleções particulares como a de Grimani a Veneza. Mas, o primeiro museu como conhecemos hoje surgiu a partir da doação da coleção de John Tradescant, feita por Elias Ashmole, à Universidade de Oxford, conhecido como Ashmolean Museum. O segundo museu público foi criado em 1759, por obra do parlamento inglês, na aquisição da coleção de Hans Sloane (1660-1753), que deu origem ao Museu Britânico.
O primeiro museu público só foi criado, na França, pelo Governo Revolucionário, em 1793: o Museu do Louvre, com coleções acessíveis a todos, com finalidade recreativa e cultural.
O Séc. XIX surgem muitos dos mais importantes museus em todo o mundo, a partir de coleções particulares que se tornam públicas: Museu do Prado (Espanha), Museu Mauritshuis (Holanda).
Somente em 1870, nos Estados Unidos, é fundado o Museu Metropolitano de Arte, em Nova York.
No Brasil, o primeiro museu data de 1862, o Museu do Instituto Arqueológico Histórico e Geográfico Pernambucano (Pernambuco). Os outros museus brasileiros foram todos fundados durante o século XX, sendo o mais importante, pela qualidade do acervo, o MASP - Museu de Arte de São Paulo, fundado em 1947.

Durante o período colonial podemos citar a experiência da Casa dos Pássaros. A instituição procedia a taxidermia de aves para instituições no reino. Com a transferência da corte portuguesa para o Brasil (1808-1821), estabeleceu-se uma nova dinâmica no surgimento de instituições culturais:
• Em 1816 foi criada a Escola Real de Ciências, Artes e Ofícios, embrião do atual Museu Nacional de Belas-Artes;
• Em 1818 foi criado o Museu Real, embrião do atual Museu Nacional da Quinta da Boa Vista.
Após a Independência, novas instituições foram fundadas:
• 1838, o museu do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro;
• 1864, o Museu do Exército;
• 1868, o Museu da Marinha; e
• 1866, o Museu Paraense Emílio Goeldi.
Finalmente, no período Republicano, destacam-se a criação:
• em 1906, do Museu Municipal de Iguape
• em 1922, do Museu Histórico Nacional
• em 1932, do curso de Museus
• em 1934, da Inspetoria de Monumentos Nacionais[50]
• em 1937, do Museu Nacional de Belas Artes
• em 1938, do Museu da Inconfidência
• em 1940, do Museu Imperial
• em 1941, do Museu de Arte Brasileira; acoplado às dependências da FAAP
• em 1947, do Museu de Arte de São Paulo
• em 1948, do Museu de Arte Moderna de São Paulo
• em 1954, do Museu de Arte do Rio Grande do Sul
Mais recentemente, na década de 1960, destacaram-se a criação dos museus Villa-Lobos e da República (1960), além de inúmeros museus militares e municipais, e do Museu Lasar Segall (1967). Em 2002 foi inaugurado o Museu Oscar Niemeyer na cidade de Curitiba. Em março de 2006 inaugurou-se o Museu da Língua Portuguesa em São Paulo, um museu interativo sobre a língua portuguesa localizado na cidade com o maior número de falantes do idioma no mundo.
Saiba mais 2:
Curiosidades Sobre Museus
O Museu Nacional da Quinta da Boa Vista, é a instituição museológica mais antiga do Brasil ainda aberta ao público e também a que concentra o maior número de bens culturais no acervo. Este, é composto por 20 milhões de itens e nele encontra-se o crânio humano mais antigo descoberto nas Américas. Ele data de, aproximadamente, 11 mil ou 11.500 anos atrás, e é popularmente conhecido como Luzia. Também faz parte do acervo a interessante múmia egípcia de Sha Amun en su – a “Cantora de Amon”, que data de 750 a.C.

Ciclo da Borracha – Você sabia que o Museu Parque Seringal em Ananindeua (PA) é o primeiro museu do Pará dedicado ao Ciclo da Borracha, importante ciclo econômico que marcou a história do Estado?
O Parque Seringal é o primeiro museu do município de Ananindeua, Região Metropolitana de Belém. A unidade classificada como de relevante interesse ecológico, é voltada para o lazer, preservação e educação ambiental, contando com reservas de centenas de exemplares de seringueiras, cultivadas no período do Ciclo da Borracha, além de anfiteatro, academia de ginástica ao ar livre, lanchonete, playground e outros espaços com visitação gratuita.

Localizado no Centro do Rio de Janeiro, em frente à Baia de Guanabara, o Museu Histórico Nacional (MHN) ocupa o complexo arquitetônico que, a partir do século XVI, com o Forte de Santiago, na Ponta do Calabouço, acompanhou a trajetória urbana dessa cidade. Entre as várias curiosidades do seu acervo, há, um vestido que pertenceu à Maria Bonita, a companheira de Lampião.

Museu a céu aberto
Na década de 1980, é inaugurado o Museu ao Ar Livre de Orleans/SC, o primeiro museu a céu aberto da América Latina. “Mais do que respeito à natureza, esses espaços deveriam ter grande participação social, atuando extramuros, integrados à realidade local na busca constante da autogestão. Seriam locais de intensa interdisciplinaridade, funcionando em rede, de forma descentralizada, porém proveitosa.” (Trecho do texto Belém do Pará – Museu a céu aberto, de Paulo Leonel Gomes Vergolino, disponível no site Revista Museu).

Tetravô do automóvel
Os móveis de arruar, que hoje fazem parte do acervo de alguns museus brasileiros, eram meios de locomoção no Rio de Janeiro do século XVII e XVIII. Alguns desses transportes eram cadeiras adaptadas para levar uma pessoa de um lugar a outro, pelas ruas do Brasil colônia. Mas somente os ricos tinham condições para se locomover nesse tipo de transporte, e quem fazia o transporte eram os escravos.

Museu Casa de Benjamin Constant – Rio de Janeiro/RJ
O museu está localizado em Santa Teresa, no Rio de Janeiro, na casa que, no século XIX, pertenceu a Benjamin Constant e sua família,considerado o fundador da República. O acervo do museu é constituído por pinturas, fotografias, esculturas, mobiliário, indumentária, medalhas, objetos pessoais, livros e documentos, além de mechas de cabelo, de várias cores, da família de Benjamin Constant. O Museu fica na rua Monte Alegre, 255 – Santa Teresa – Rio de Janeiro, RJ.

Primeiro museu de Minas Gerais
Em 1876, foi fundado o Museu de Mineralogia, hoje chamado de Museu de Ciência e Técnica da Escola de Minas/Universidade Federal de Ouro Preto, localizada em Ouro Preto. O Museu fica na Praça Tiradentes – Ouro Preto, MG.

As aves que aqui gorjeiam
Em 1784, foi aberta a Casa dos Pássaros, no Rio de Janeiro, cujo nome deve-se à grande quantidade de aves empalhadas que lá havia. A Casa dos Pássaros preparava exemplares da flora e da fauna brasileiras e artefatos indígenas para serem enviados para Portugal, permanecendo em funcionamento até o início do século XIX.

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