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Dia da primeira viagem do Homem a Lua

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Fonte: Super Interessante
Em todas as direções que se olhasse, a terra era como o solo plano de uma planície. O horizonte circular era quebrado aqui e ali por suaves bordas de distantes crateras. A meia distância, Armstrong e Aldrin podiam ver pedras arredondadas e cumes, alguns deles com talvez 7 ou 60 m de altura. Bem próximo, uma mistura de crateras deformava a superfície e havia pequenas rochas e seixos espalhados por toda parte. Era um local plano e nivelado, mas pequenas variações davam às redondezas uma delicada beleza própria. E é claro, por ser este o pouso pioneiro na Lua, tudo era de enorme interesse. Entretanto, antes que Armstrong e Aldrin pudessem prestar muita atenção à vista ou pensar em sair da nave, tinham de se certificar de que tinham uma nave funcional e que o computador de navegação estava carregado correctamente com as informações necessárias para levá-los de volta à órbita para o encontro com Collins. Finalmente, duas horas após o pouso, eles e os engenheiros da NASA ficaram convencidos de que o Eagle estava pronto para voltar para casa quando fosse o momento.
De acordo com o plano de voo, Armstrong e Aldrin tinham instruções para terem um descanso de cinco horas antes de sair da nave. Porém, a excitação normal do momento histórico, fez com que solicitassem ao Houston permissão para se preparem para a saída, uma AEV - período de actividade extraveicular, no jargão da NASA. Normalmente a preparação para uma AEV supostamente demorava cerca de duas horas, mas como essa seria a mais curta de todas as AEV das missões Apollo, ninguém – excepto talvez a audiência mundial que esperava impaciente em frente daTV – estava preocupado quando os preparativos duraram três horas e meia. Finalmente, cerca de seis horas e meia após o pouso, abriram a escotilha do Módulo Lunar e Armstrong rastejou em direção a saída; primeiro os pés, depois as mãos e os joelhos. Instantes depois pisou o degrau mais alto da escada, em frente à bancada de trabalho da nave, onde estavam acondicionados os equipamentos científicos a serem usados na missão. A mais importante peça de equipamento era, sem dúvida, a câmara de TV preto e branco. Para os astronautas o pouso tinha sido o grande momento da missão. Mas para o mundo que aguardava ansioso, o grande momento ainda estava por vir.
Neil Armstrong precisou de dar um salto de um metro do último degrau da escada até ao protector das patas do Módulo. Dali estava apenas a dois centímetros de pisar na superfície lunar propriamente dita. Parou no suporte por um momento, testando o chão com a ponta de suas botas, antes de finalmente pisar no solo e dizer a frase épica da Era Espacial:

É um pequeno passo para o homem, um salto gigantesco para a humanidade.



Neil Armstrong

Disciplina relacionada - História
No dia 20 de julho de 1969 , um domingo, dois homens pisaram pela primeira vez na Lua. Um deles, o comandante Neil Armstrong, de 38 anos, um tímido ex-piloto de testes de aviões americanos, escorregou na escada da pequena nave com a qual pousou na superfície lunar e por pouco não imprimiu ali a mão antes do pé. O outro, Edwin Aldrin, “Buzz”, igualmente com 38 anos, veterano piloto de jatos da Força Aérea dos Estados Unidos, sentiu uma vontade humaníssima de fazer xixi. E fez, dentro do traje de astronauta, reforçado com 21 camadas de tecido, numa bolsa de coleta para tais contingências. A 96 mil metros de altura, o ex-piloto de testes Michael Collins, de 38 anos, como os outros, encarregado de pilotar o módulo de comando da Columbia, só conseguiria sentir-se verdadeiramente aliviado no dia seguinte, quando seus dois companheiros se uniram a ele para a viagem de volta a Terra.
Passados vinte anos do evento literalmente mais espetacular da história humana documentada, que esgotou os estoques da melhor retórica da espécie, a conquista do Cosmo parece menos próxima, em parte porque o programa espacial americano perdeu a direção, enquanto o soviético segue uma rota lenta, gradual, segura - e sem muito charme. Além disso, a ida a Lua ocorreu num período efervescente, marcado por mudanças de toda a sorte, em que a confiança nas possibilidades de resultados imediatos da ação humana era seguramente maior, assim como o encantamento com a tecnologia. A Lua, em suma, chegou antes da crise do petróleo, antes dos microcomputadores e antes que as preocupações com a saúde do planeta virassem moda.
Quando Collins, Aldrin e Armstrong partiram a bordo da nave Apolo 11 na luminosa manhã de 16 de julho, 1 milhão de pessoas munidas de câmeras e binóculos se apinhavam nas vizinhanças de Cabo Canaveral, depois chamado Cabo Kennedy, na Flórida, onde até hoje ocorre a grande maioria dos lançamentos espaciais americanos. Nada menos de 850 jornalistas de 55 países, falando 33 línguas diferentes, registraram o acontecimento. Calcula-se que cerca de 1 bilhão de pessoas, algo como um em cada quatro seres humanos, viram pela TV quando, às 23h56min20s (horário de Brasília) do dia 20, o comandante Armstrong, já recuperado do escorregão, cuidadosamente ergueu o pé esquerdo e marcou o solo do Mar da Tranqüilidade - a planície escolhida para a alunissagem.
“Este é um pequeno passo para o homem, um gigantesco salto para a humanidade”, disse o emocionado Armstrong, numa frase que inevitavelmente ecoou pelo mundo. Quem estava de olho na tela naquele momento não deve ter esquecido a sua figura fantasmagórica movendo-se desajeitadamente devido à ínfima gravidade (um sexto da que existe na Terra) a 384 mil quilômetros de distância. O astronauta contou à base de controle e a todos que o ouviam que o chão da Lua era fino e poeirento. “Adere à sola e aos lados das minhas botas, formando uma camada fina como poeira de carvão”, descreveu. Vinte minutos depois, Aldrin uniu-se a ele. Com as duas mãos agarradas à escada, experimentou o solo da Lua e sua gravidade com dois pulos de pés juntos. "Lindo, lindo", exclamou, surpreendido com a facilidade de movimentação.
Os dois astronautas passaram 2 horas e 10 minutos no Mar da Tranqüilidade. Numa das pernas do módulo, chamado Eagle (águia, em inglês), havia uma placa comemorativa. Neil Armstrong leu então em voz alta:"Aqui, homens do planeta Terra pisaram na Lua pela primeira vez. Nós viemos em paz, em nome de toda a humanidade". O texto levava a assinatura dos três tripulantes e a do então presidente americano Richard Nixon. A dupla ainda fixou a bandeira dos Estados Unidos e ouviu pelo rádio as congratulações de Nixon, que falava da Casa Branca.
A liturgia prosseguiu com Armstrong afirmando que eles representavam não apenas os Estados Unidos mas os homens de todas as nações, que têm interesse, curiosidade e visão do futuro". Em seguida, ele e Aldrin começaram o trabalho de colher os 27 quilos de pedras e pó da Lua que nos anos seguintes fariam a alegria de muitos cientistas. Depois, instalaram um sismógrafo, um refletor de raios laser, uma antena de comunicação, um painel para o estudo dos ventos solares e uma câmera de TV. Terminadas as tarefas, os astronautas voltaram à Eagle e tentaram em vão dormir, apertados e sem conforto, atulhados nos 4,5 metros quadrados do interior do módulo lunar.
Começaram enfim os preparativos para o regresso. A metade inferior da Eagle ficou na Lua. A parte de cima do pequeno módulo elevou-se da superfície até encontrar o seu parceiro em órbita. Os dois veículos alinharam-se para o acoplamento. Enquanto Aldrin e Armstrong se reuniam a Collins na Columbia, o resto da Eagle foi deixado rodando em volta da Lua, cada vez com menos impulso, até se espatifar de encontro ao solo. A 24 de julho, oito dias, três horas e 18 minutos depois de lançada de Cabo Canaveral, a Apolo mergulhou nas lonjuras do Pacífico sul, na altura da Polinésia. Uma das mais antigas fantasias do homem - ir à Lua e voltar são e salvo - finalmente tinha se tornado realidade.
Aquele "pequeno passo" havia começado a rigor muitos anos antes, em 1945, quando a Segunda Guerra Mundial terminava com a derrocada da Alemanha nazista e dos seus parceiros japoneses. Os vencedores, os Estados Unidos e a União Soviética, lançaram-se à disputa de um dos mais valiosos espólios da guerra - os cientistas alemães envolvidos na fabricação das bombas V-2, as precursoras dos foguetes. Embora os americanos tivessem capturado o maior número e os melhores entre eles, como o notório Wernher von Braun, e os pusessem a trabalhar no desenvolvimento de mísseis teleguiados, foram os soviéticos que saíram na frente na corrida espacial. A 4 de outubro de 1957 surpreenderam o mundo e humilharam os Estados Unidos ao lançar o Sputnik, primeiro satélite artificial da Terra.
A 12 de abril de 1961, o cosmonauta, como dizem os russos, Iúri Gagárin (1934-1968) completou o primeiro vôo orbital tripulado. Único ser humano até então a ver o planeta do espaço, Gagárin informou: “A Terra é azul”. Menos poeticamente, o líder soviético Nikita Kruschev (1894-1971) lançou o desafio: “Que os países capitalistas tentem alcançar-nos”. Os americanos aceitaram. No mesmo ano de 1961, o presidente John Kennedy (1917-1963) pediu a seus assessores um plano ambicioso o suficiente para segundo se dizia na época, “ganhar as manchetes dos jornais e por meio delas conquistar o coração de todos os povos do mundo”: levar um homem à Lua e trazê-lo de volta.
Os americanos mergulharam no projeto com a mesma gana que tiveram vinte anos antes ao entrar na guerra em seguida ao ataque japonês à base de Pearl Harbor. As melhores cabeças foram recrutadas pela agência espacial NASA para elaborar três missões - Mercury, Gemini e Apolo - com tipos diferentes de naves e foguetes, que sucessivamente levariam astronautas cada vez mais longe até alcançar a Lua. Enquanto isso, os soviéticos desenvolviam as Vostok, Voskhod e Soyuz; estas últimas aperfeiçoadas até se tornarem hoje os veículos transportadores de cosmonautas para a estação espacial Mir, há três anos no espaço.
Foi também em 1961 que os americanos começaram a selecionar os astronautas para o programa espacial. A escolha, descrita no romance The right stuff, de Tom Wolfe (não editado no Brasil), depois transformado no filme Os eleitos, de 1983, era feita entre os pilotos de testes da Marinha, Força Aérea e Fuzileiros Navais. Homens como Armstrong, Aldrin e Collins tinham de ser bons aviadores, ter nível universitário e boa estrutura psicológica para enfrentar situações difíceis e imprevistas. Comentou-se na época que os três escolhidos para a viagem histórica à Lua eram os mais sérios e menos comunicativos astronautas do programa espacial - características da personalidade que não mudaram até hoje. Armstrong e Aldrin foram pilotos na guerra da Coréia e já haviam participado do projeto Gemini.
Collins, outro veterano da Gemini, deveria ter voado na Apolo 8 que realizou as primeiras órbitas tripuladas em volta da Lua, em dezembro de 1968; mas uma cirurgia de última hora fez com que fosse substituído e acabasse entrando para a tripulação da Apolo 11. Em 1967, teoricamente, soviéticos e americanos já possuíam os fantásticos foguetes e naves que poderiam fazer a viagem à Lua de ida e volta.
Mas durante um ensaio de lançamento da Apolo 1, a 27 de janeiro daquele ano, uma explosão matou os tripulantes Virgil Grissom, Edward White e Roger Chaffee. Três meses depois, nova tragédia ocorreu do lado soviético. A destruição do pára-quedas de freagem da Soyuz 1 matou o cosmonauta Vladimir Komarov. As naves foram redesenhadas para atender a maior preocupação com a segurança.
Nos Estados Unidos, os veículos seguintes da série Apolo, até o de número 6, não foram tripulados. Mas, no início de 1969, quase ao mesmo tempo, soviéticos e americanos estavam prontos para reiniciar a corrida espacial. Antes que se pudesse enviar homens à Lua, já havia sido preciso despachar várias naves não-tripuladas para descobrir se a alunissagem seria mesmo praticável. Era necessário, por exemplo, avaliar o comportamento dos mecanismos de freagem e pouso nas condições de baixa gravidade e nenhuma atmosfera do satélite.
Sabia-se que as manchas escuras da superfície lunar, que receberam o nome de mares, eram na realidade planícies cheias de crateras, mas não se tinha certeza de que poderiam suportar o peso de uma nave. Essa possibilidade foi confirmada com as primeiras fotos enviadas pelas sondas Ranger a partir de 1964. Por sua vez, a nave soviética Luna 9 conseguiu realizar o primeiro pouso suave na Lua, antecipando-se em alguns meses às americanas Surveyor. Nos anos seguintes, naves dos dois países mostraram imagens de TV da Lua, provando que além de pó havia matéria firme na superfície.
Estava enfim preparado o caminho para a Apolo 11, uma pequena nave de 45 toneladas, composta de um módulo de comando, serviço e lunar. Ela foi lançada no bico do maior foguete já construído, o Saturno 5, de três estágios e 110 metros de altura, mais alto do que um edifício de 35 andares. No momento da partida, o Saturno pesava mais de 3 mil toneladas, algo como vinte jumbos juntos, a maior parte constituída de combustível destinado a acelerar a carga à velocidade de 40 mil quilômetros por hora. O primeiro estágio do foguete queimava oxigênio líquido misturado com querosene, produzindo uma fogueira colossal que emocionou a multidão aglomerada para acompanhar a partida da nave (pela TV, os Estados Unidos viram tudo em cores; os outros países, ainda em preto-e-branco).
Foi um espetáculo impressionante, para dizer o mínimo. Quando o foguete começou a subir, suas 3.500 toneladas de empuxo provocaram um ruído tão insuportável que chegou a matar os pássaros que voavam nas proximidades. O megaprojeto havia custado 22 bilhões de dólares, quase dez vezes mais do que o lançamento do ônibus espacial Discovery em outubro do ano passado - isso sem contar a inflação acumulada no período. O módulo de comando, ou Columbia, um compartimento pequeno, de uns 6 metros quadrados, era o centro de controle da nave. Os três tripulantes dispunham de poltronas individuais, uma ao lado da outra, razão pela qual precisavam tomar cuidado para não atrapalhar uns aos outros. A sua frente e nas laterais ficavam os painéis de instrumentos.
Por baixo das poltronas estavam as “camas” onde os astronautas dormiam protegidos para não flutuar na nave sem gravidade. Havia também uma série de armários com comida desidratada, roupas e equipamentos auxiliares. À direita dos armários ficava o “banheiro”, ou, mais precisamente, o canto onde os astronautas se aliviavam usando pequenas bolsas de plástico. As paredes da nave eram providas de quadrados de velcro, um produto que ficaria muito conhecido como fecho de bolsas e tênis, que servia para que os equipamentos manuais não flutuassem. Atrás do Columbia, vinha o módulo de serviço com o sistema de propulsão e retrofoguetes e finalmente o módulo lunar Eagle.
O alvo da Apolo 11, a rigor, não seria a Lua, mas um ponto no espaço onde ela estaria quatro dias após o lançamento, prevendo-se o seu movimento em torno da Terra. De acordo com a operação, denominada TLI -Injeção Translunar -, quem pilotava efetivamente a nave eram as leis da Física enunciadas no século XVII pelo físico inglês Isaac Newton. Como ele descobriu, Terra, Sol e Lua atraem os corpos como se fossem ímãs. Por isso, os foguetes da Apolo foram acionados durante 3 segundos. Nesta mínima fração de tempo, os astronautas, tendo a nave sob controle, voltaram-na para a direção calculada, de modo a fazê-la escapar do campo gravitacional da Terra e ser atraído pela gravidade lunar.
Durante o trajeto, os astronautas usaram uma técnica para impedir que metade da nave - a que estava voltada para o Sol - literalmente torrasse e a outra se congelasse. Com uma leve ignição dos foguetes auxiliares, eles faziam-na girar lentamente em seu próprio eixo, como um frango assado no espeto. Com o auxílio do computador de bordo, a Apolo executava um movimento de rotação de 3 décimos de grau por segundo, o que significava uma volta completa a cada 20 minutos, para que o calor e o frio se distribuíssem de maneira uniforme por toda a sua superfície.
Somente após o regresso à Terra os técnicos da NASA descobriram que Armstrong e Aldrin por pouco não espatifaram a Eagle de encontro à Lua. De fato, depois de soltarem o módulo da nave-mãe, os astronautas foram descendo gradualmente até onde acreditavam estar o local de pouso - o Mar da Tranqüilidade, escolhido por ser plano e próximo ao equador, o que facilitaria a volta. Mas, quando Armstrong esquadrinhou pela escotilha o terreno já bem próximo, não sabia onde estava. Utilizando o controle manual, dirigiu a Eagle para onde imaginava ficar a cratera que seria seu ponto de referência, enquanto Aldrin controlava o combustível. Faltavam não mais de 30 segundos para que este acabasse quando Armstrong pousou - 1 quilômetro além do ponto marcado.
Enquanto Armstrong, Aldrin e Collins, já de volta, eram recolhidos do mar pelo porta-aviões Hornet, uma nave soviética, a Luna 15, se perdia em algum ponto entre o planeta e o satélite. Lançada dois dias antes da Apolo, sem tripulantes, tinha como objetivo recolher amostras do solo lunar e voltar à Terra. Até hoje não se sabe o que aconteceu com a Luna - não faltando quem suponha que ela tenha sido desviada de sua trajetória por sinais de rádio americanos. O mundo, de qualquer maneira, estava mais preocupado com os três participantes da primeira grande odisséia extraterrestre. Malcheirosos, depois de oito dias sem tomar banho, durante os quais foram obrigados a usar uma precária privada, tiveram de vestir um traje à prova de contaminação antes de deixar a cápsula espacial. Para se ter certeza de que não tinham trazido nenhum microorganismo lunar eventualmente daninho aos terráqueos, ficaram de quarentena em companhia de algumas cobaias. Se algo acontecesse a elas, seria a prova de que estavam contaminados.
Como se sabe, nada aconteceu. Depois de desfilarem em carro aberto com as famílias nas principais cidades americanas, sob a infalível chuva de papel picado, os astronautas fizeram-uma série de viagens promocionais pelo mundo - Armstrong e Collins estiveram, por exemplo, em outubro de 1969 no Brasil. No mês seguinte, outros três americanos - Charles Conrad, Alan Bean e Richard Gordon - tornaram à Lua a bordo da Apolo 12. Como da primeira vez, a expedição foi, viu e voltou sem problemas. Os Estados Unidos continuaram com o programa lunar até 1972. Ao todo enviaram dezoito homens em seis Apolos. Desses, doze puseram os pés no satélite. Depois começou a era dos ônibus espaciais, capazes de orbitar a Terra e voltar inúmeras vezes. A União Soviética, de seu lado, optou por não mandar cosmonautas à Lua. Mas suas naves ali estiveram até 1976, enquanto se desenvolvia o projeto das estações espaciais Salyut e, depois, Mir.
Passados vinte anos, nunca mais houve um acontecimento na história da conquista espacial de impacto comparável àquele - à exceção da tragédia da Challenger em janeiro de 1986. A ida à Lua, vista na perspectiva do tempo, representa acima de tudo o triunfo da vontade humana. Bem pensadas as coisas, é até possível que, pelos padrões atuais de segurança nos vôos ao espaço, a aventura da Apolo 11 não teria sido autorizada. E, por maior que tenha sido, por exemplo, o aporte tecnológico para as viagens espaciais trazido pela estratégia de encarapitar uma pequena nave num potentíssimo foguete de múltiplos estágios, ou por mais importantes que tenham sido para a ciência as pedras lunares coletadas pelos astronautas, é certo que nada supera até hoje a força simbólica daquele primeiro passo a 20 de julho de 1969.

Vídeo do youtube

Reveja chegada do homem à Lua

No dia 20 de julho de 1969, três astronautas americanos conseguiram pousar na Lua. Os primeiros homens a pisar no satélite natural da Terra foram recebidos de volta como heróis.

http://youtu.be/fQXzXy7I0a0

O Dia 20 de julho é o dia de comemoração da 1ª viagem a lua.
O Dia 20 de julho é o dia de comemoração da 1ª viagem a lua. Existem algumas contradições se é realmente verdade que em 1969 realmente os homens chegaram a lua. Na viagem, os astronautas ficaram durante duas horas e meia caminharando na Lua, coletando pedras e amostras do solo lunar, tirando fotos e fazendo algumas experiências.
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